Adepta incondicional de tudo o que é natural e biológico e porque não me quero tornar num "bichinho do betão", decidi dar futuro à ideia de fazer um jardim aromático na minha marquise. Um jardim onde possa ter salsa, coentros, hortelã, cebolinho, alecrim e por aí diante. Para além de dar mais vida ao Terceiro Frente, pode tornar-se numa grande ajuda na cozinha. E claro, é quase como ter um cheirinho do Algarve, por muito difícil que seja...
Neste sentido, e convicta de que isto vai mesmo ser um sucesso, dei o primeiro passo: dirigi-me a uma florista, comprei dois vasos (com um aspecto diferente daquele que idealizara, ainda assim, merecedores de respeito por serem os primeiros nesta aventura agrícola).
Na mesma florista, comprei um saco de terra - isto é tão mais simples fora da cidade. "Comprar terra? Mas tu estás louca?" - rabeia a minha mãe. (É assim tão ridículo, mãe?)
O passo seguinte foi comprar umas sementes de salsa e coentros, depois alargarei o leque de ervas, mas primeiro vou esperar um sinal destas que me permita levar a ideia para a frente ou não Para já, estes embriões encontram-se aconchegadas na valiosa terra (espero que a mistura orgânica reúna as condições necessárias ao desenvolvimento das sementes, e que estas cresçam felizes e belas, como só elas sabem).
Independentemente da minúscula actividade agrícola, estou arrebatadamente contente com o início deste jardim/horta. Sei que ainda está longe de impressionar os grandes produtores - e até os pequenos- mas dei o passo, ainda que tenha de comprar terra aos sacos... Muitos de vocês têm verdadeiros latifúndios desocupados, e acreditem, há milhões de sementes a desejar penetrar numa verdadeira terra, e não nesta embalada...
Ah, devo iniciar a papelada para a atribuição de algum subsídio? Ainda há daqueles que são para parar de cultivar? (é piada, sempre foi).
Vou acompanhando aqui o crescimento e o desenrolar do potencial do meu jardim.
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