sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Efeitos da greve do metro

O impacto das greves do metro não são a impossibilidade de andar de metro [para mim], são a impossibilidade de me movimentar na rua no final do dia.
Experimentem correr na rua [na Avenida da República, Fontes Pereira de Melo e Avenida da Liberdade], num dia de greve do senhor metropolitano, pelas seis e meia da tarde. É toda uma experiência de contorno de obstáculos e de pára arranca. Os sinais verdes para os peões deixam de o ser, os vermelhos servem se o trânsito estiver parado, mas mesmo assim cai-te uma orquestra de buzinadelas em cima em jeito de repreensão, num tom de "mas esta gaja está maluca?; " que irresponsabilidade"; "devias ter vergonha". Grande lata, digo eu. A probabilidade de ser atropelado é, portanto, elevada. No fundo, o engarrafamento de pessoas no passeio é igual ao dos carros na estrada, e gera de ambas as partes uma irritação e um stress a evitar. Se há dias em que acho que já há muita gente a andar de bicicleta, dias como ontem mostram-me que ainda há muito que "pedalar" até chegarmos a uma cidade minimamente amiga do ambiente.


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